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O mercúrio ocorre naturalmente na Natureza, sendo encontrado no ar, água e solo. [9]

A exposição a pequenas quantidades de mercúrio pode causar sérios problemas de saúde e pode interferir com o desenvolvimento uterino do feto durante a gravidez ou em estados iniciais da vida. [9]

A exposição ao mercúrio pode ocorrer por 4 formas:

​

A exposição através da dieta ocorre pelo consumo de peixe e marisco que contenha mercúrio orgânico ou de cereais e vegetais onde tenha sido utilizado mercúrio como fungicida ou pesticida. [15]

Os compostos orgânicos de mercúrio, especialmente metilmercúrio, são concentradas na cadeia alimentar, através do fenómeno de  bioamagnificação, que tem início com a entrada de metilmercúrio na cadeia alimentar através do plâncton, passando depois para os peixes herbívoros através da ingestão deste plâncton, e posteriormente aos peixes carnívoros, terminando nos mamíferos marinhos. [15]

 

A exposição pela atmosfera e água de bebida é muito baixa e irrelevante

do ponto de vista toxicológico [15]

Dieta

Formas de exposição

Âncora 1
Âncora 2
Âncora 3
Âncora 4

Sabia que...

A concentração tecidular de mercúrio nos mamíferos marinhos pode ser 18000 a 80000 vezes superior à concentração de mercúrio nas águas onde estes animais se encontram.

Isto porque a
s proteínas dos peixes ligam mais de 90% do mercúrio consumido por estes, sendo uma ligação tão forte que o processamento dos alimentos não é capaz de reduzir o seu conteúdo (exemplo, fritar, cozer, assar…) (9)
[10]

Ocupacional

A nível ocupacional a exposição pode ocorrer através da inalação de vapores contendo Hg(0) na indústria, durante a produção de instrumentos científicos e aparelhos eléctricos, utilização de amálgamas contendo Hg pelos dentistas, na extração e processamento do ouro e na indústria agro-alimentar no fabrico de pesticidas e fungicidas, que usam compostos orgânicos de mercúrio. [9][10]
 

Sintomas subclinicos e médios de toxicidade central podem ocorrer em trabalhadores expostos a mercúrio elemental em níveis iguais ou superiores a 20 μg/m3 de mercúrio no ar, durante diversos anos [9]

Durante muitos séculos o mercúrio fez parte de diferentes medicamentos, como diuréticos, antibacterianos, antissépticos, laxantes e formulações cutâneas para o tratamento da sífilis e é utilizado desde a antiguidade na produção de ligas metálicas (amálgamas). [9][10][14]

O mercúrio destas amálgamas dentárias pode vaporizar e ser absorvido na cavidade oral, no entanto em quantidades muito reduzidas.[9][10][14]

Atualmente o mercúrio foi substituído por fármacos mais seguros, sendo apenas o timerosal um dos poucos exemplos do uso de mercúrio na farmacoterapia. [9][10][14]

Farmacoterapia

O timerosal contém cerca de 46,9% de etilmercúrio e é utilizado como um conservante em vacinas. A OMS já demonstrou que a relação benefício-risco justifica a utilização deste conservante. Este conservante é principalmente utilizado em países em desenvolvimento, onde as vacinas se encontram em frascos multidose, uma vez que nos países desenvolvidos a maioria das vacinas se encontram em dose unitária, não necessitando de recorrer a este conservante. [9][10][14]

A via acidental apresenta cada vez menor expressão, graças a medidas preventivas como a proibição de venda de termómetros de mercúrio.[9][10][14]

Acidental

Âncora 5

Referências:

​

[9] http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs361/en/(10) Casarett and Doull's Toxicology: The Basic Science of Poisons
[14] Jeffrey S Gaffney, et al, "In-depth review of atmospheric mercury: sources, transformations, and potential sinks", Browse Journals: Energy and Emission Control Technologies, Volume 2, 6 August 2014 Volume 2014:2 Pages 1-21
[15] David A Olson, et al, "Mercury Toxicity", Medscape, Drugs & Diseases, Neurology, Dec 12, 2016

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